Selic em Alta: O Que Aumentos de Juros Significam Para o Crédito?

Taxa Selic e Seus Efeitos no Mercado de Crédito

A Selic, a taxa básica de juros do Brasil, é a grande estrela da economia. Quando ela sobe, todos ficam de orelhas em pé, especialmente aqueles que estão de olho em empréstimos. O economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, compartilhou suas impressões sobre como essa alta pode impactar o cenário econômico.

O Que Pode Acontecer?

Recentemente, o Banco Central deixou claro que um aumento da Selic — atualmente em 10,5% — está nas cartas para a reunião do Copom em setembro. O mercado já começou a se ajustar a essa possibilidade, precificando o que pode vir pela frente.

Impactos Diretos

Rocha explica que um aumento nas taxas pode repercutir por toda a curva de juros. Se a Selic subir, mas a curva de juros não acompanhar, isso poderia resultar em um ambiente mais favorável para o crédito. Por outro lado, se ambas subirem, a situação ficará mais complicada.

Expectativas e Realidade

Ainda segundo o economista, o sistema financeiro não opera com a Selic em si, mas sim com as expectativas que cercam a economia. A precificação do risco é o que realmente determina quanto os bancos cobrarão em juros.

O Que Acontece Com a Inflação?

Com a divulgação do IPCA-15 de agosto, que desacelerou a 0,19%, Rocha acredita que, embora o resultado seja positivo, isso não deve impedir uma possível alta na Selic. A transição no comando do Banco Central também é um fator que poderá influenciar essa decisão.

Conclusão

O economista prevê que, devido a essa transição e as pressões do mercado, é provável que a Selic suba em 0,25 ponto na próxima reunião. Esse movimento, ele acredita, é mais sobre ancorar as expectativas do que uma reação direta à inflação.

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