
Usiminas: BofA rebaixa USIM5 após resultados fracos no 2º trimestre ; ação despenca 5%
O que aconteceu com a Usiminas?
Após uma queda expressiva na lucratividade no segundo trimestre, que culminou em um tombo de 23% na última sexta-feira, o Bank of America (BofA) decidiu cortar a recomendação para as ações da Usiminas (USIM5) de neutro para venda. Além disso, o preço-alvo foi reduzido de R$ 9 para R$ 6.
Impacto no mercado
As ações da Usiminas registraram uma queda de 5,21%, sendo negociadas a R$ 6,00 por volta das 12h45 desta segunda-feira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 295 milhões, uma queda de 29% em relação ao trimestre anterior e 34% abaixo das estimativas do banco.
Previsões revisadas
Com isso, o BofA reduziu sua previsão de Ebitda para 2024 e 2025 em 18% e 17%, respectivamente, e agora seus números estão 21% e 17% abaixo do consenso.
Desafios à frente
Os analistas destacam que, além dos resultados decepcionantes do 2º trimestre, há preocupações adicionais. Eles inicialmente previam uma redução de 6% no custo do produto vendido (CPV) por tonelada na divisão de aço no 3º trimestre, devido às melhorias de eficiência da reforma do alto-forno 3 e à queda de 9,5% nos preços do 2º trimestre. No entanto, a Usiminas sugeriu que a depreciação do real poderia anular esses benefícios.
Perspectivas futuras
Como resultado, o banco está modelando um CPV por tonelada estável para o 3º trimestre. Embora os preços do aço tenham aumentado, isso não é suficiente para compensar a queda nos lucros impulsionada pelos custos. O BofA vê a Usiminas sendo negociada a 6,4 vezes o Valor da Firma (EV)/Ebitda para 2024 e gerando um rendimento de fluxo de caixa de 7,1%. Para 2025, a estimativa é de 4,1 vezes EV/Ebitda e gerando 6,1% de rendimento FCF.
Riscos adicionais
Além disso, o capex adicional relacionado à extensão da vida útil da mina na divisão de mineração também pode ser anunciado em 2025, pressionando o FCF para território negativo.
Opinião do Citi
O Citi, por sua vez, cortou o preço-alvo das ações de R$ 8,75 para R$ 7, mantendo a recomendação “neutra”. Mesmo assim, os analistas esperam uma melhora nos resultados do segundo semestre, baseando-se em preços mais elevados do aço.
