
Setembro: O Mês Que Deixa os Mercados em Estado de Alerta!
Setembro chegou e com ele a incerteza nos mercados!
Depois de um julho e agosto com altas animadoras, onde o Ibovespa subiu 3,09% e 6,54% respectivamente, a chegada de setembro traz um clima de apreensão. Historicamente, este mês não é exatamente o favorito dos investidores, e os analistas já estão de olho nas possíveis reações do mercado.
Os estrategistas do Bradesco BBI não hesitam em destacar que setembro é tradicionalmente um mês mais fraco para os mercados. Apesar de muitos acreditarem que a alta pode continuar, a realidade é que os fundamentos podem não ser suficientes para sustentar o otimismo.
Com dados da Bloomberg apontando que setembro é um mês desafiador para as ações, enquanto o dólar tende a se valorizar, a expectativa é de que a volatilidade aumente. O famoso "indicador de medo" de Wall Street, o VIX, tem mostrado alta em todos os meses de setembro desde 2021.
O que está por trás desse fenômeno?
O retorno dos investidores americanos de férias e o início das contas do novo ano fiscal, que incluem gastos com volta às aulas, são fatores que costumam influenciar o mercado. Além disso, setembro não possui grandes catalisadores positivos, o que dificulta o reposicionamento de portfólios.
Esse cenário, que se torna mais conhecido a cada ano, acaba se tornando uma profecia autorrealizável. Afinal, se todos esperam um setembro ruim, muitos podem agir de acordo, reforçando a tendência.
Emergentes em foco
Um ponto interessante é o desempenho dos mercados emergentes, que muitas vezes seguem a tendência dos desenvolvidos. Surpreendentemente, apenas 5 dos 27 mercados analisados tiveram resultados positivos em setembro, e o Brasil foi um deles.
Para os analistas, a sazonalidade pode favorecer os emergentes, especialmente com a expectativa de fluxos de investimentos vindos de quedas em mercados mais maduros.
Setembro: uma oportunidade disfarçada?
Após a "seca" de setembro, o último trimestre do ano, que costuma ser o melhor, pode trazer boas oportunidades de compra. Historicamente, este período representa 43% do retorno global anual médio, à medida que os investidores começam a se preparar para o próximo ano.
Os especialistas do BBI acreditam que, mesmo que muitos tenham perdido a alta recente, ainda há espaço para posicionamento nas próximas semanas, sempre respeitando os limites de exposição ao risco.
Em resumo, setembro pode ser o mês do medo, mas também pode ser uma janela de oportunidades para aqueles que olham além das oscilações de curto prazo.
