
Eletrobras pede mais tempo para negociar com o governo e gera frustração entre analistas
Eletrobras solicita prorrogação no prazo de negociações
A gigante do setor elétrico, Eletrobras, está em busca de mais tempo para discutir sua participação com o governo federal. A empresa recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para estender o prazo, que termina em 16 de setembro, para suas negociações.
Nos últimos dias, analistas do mercado já estavam cientes de que o tempo para um acordo estava se esgotando, com a data limite marcada para o dia 21. A expectativa era de que isso pudesse levar a desfechos significativos.
O pedido de extensão surgiu após uma reunião entre representantes da Eletrobras e membros do governo, incluindo o Ministério da Fazenda e a Casa Civil. O Bradesco BBI classificou a notícia como decepcionante, especialmente considerando a recuperação dos preços da eletricidade, que poderia desbloquear valor na Eletrobras.
As ações da empresa apresentaram queda de cerca de 1% na sessão anterior à divulgação dessa informação.
O que está em jogo?
Analistas ponderam se as negociações estão em um impasse ou se a complexidade dos detalhes exige mais tempo. O foco da discussão gira em torno do projeto Angra 3/Eletronuclear, onde a Eletrobras é uma parceira menor do governo e que requer um investimento colossal.
O relatório do BBI sugere que a resolução desse litígio pode aumentar a confiança dos investidores estrangeiros na Eletrobras, que já é a maior geradora de energia hidrelétrica do Brasil.
Impactos potenciais
Além do impacto financeiro, a resolução dessa questão também ajudaria o governo a manter tarifas de eletricidade acessíveis para consumidores vulneráveis antes das eleições de 2026.
Por fim, o BBI reitera sua recomendação de compra para as ações da Eletrobras, com uma meta de preço estabelecida para seus papéis.
