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Análise da UBS: O Futuro dos Juros e a Fiscalização do Governo

AvatarEdna M.
01/08/2024
6 min de leitura

Decisão do Copom e Expectativas Futuras

Após a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 10,50% ao ano, as expectativas do mercado se dividem. Especialistas do UBS analisam a situação e destacam que os próximos passos em relação aos juros dependem fortemente das ações fiscais do governo.

Perspectiva do UBS

Alexandre Azara, economista-chefe do UBS no Brasil, considera a decisão do Banco Central razoável. Ele observa que, ao focar na inflação até 2026, o BC fez uma escolha acertada, pois um olhar apenas para 2024 poderia exigir um aumento da taxa. Contudo, o cenário se torna mais complexo com a alta do dólar, que atualmente está em R$ 5,66.

A Importância do Fiscal

O economista alerta que a taxa de câmbio será diretamente impactada pela política fiscal. Se o governo não apresentar um controle de gastos crível, o cenário poderá exigir um aumento na Selic. Azara observa que, até o momento, o câmbio foi influenciado por declarações do governo que colocaram em dúvida a necessidade de um ajuste fiscal.

Expectativas de Corte de Juros

O UBS acredita que, se o governo mostrar responsabilidade fiscal, cortes na Selic poderão ocorrer. As previsões indicam que os cortes podem acontecer em dezembro de 2024 ou no início de 2025, dependendo do comportamento do governo e do Ministério da Fazenda. Estas decisões também serão influenciadas pela troca de liderança no Banco Central, com a possível nomeação de Gabriel Galípolo como novo presidente.

O Papel do Federal Reserve

Além do fiscal, a política do Federal Reserve também está sob os holofotes. Azara enfatiza que as decisões do Fed terão um efeito dominó sobre o Brasil. A expectativa é que o Fed comece a cortar juros, o que pode trazer alívio ao mercado brasileiro.

Conclusão

A situação atual exige um monitoramento cuidadoso das políticas fiscais e monetárias. O futuro da Selic e a estabilidade econômica brasileira estão diretamente ligados ao comportamento do governo e à influência externa, especialmente dos Estados Unidos. O caminho a ser seguido é incerto, mas a responsabilidade fiscal será a chave para um ambiente econômico mais favorável.

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